Eu vou na casa da minha avó Nilma todos os dias. Meus irmãos e eu tivemos o privilégio de termos sido “criados com vó”. Se falto um dia ela liga: – você não vem hoje, sua ingrata??
Em um dia de semana comum, Marilisa, tia de tia Cláudia, de Maria Amanda (aqui me Vespasiano a gente tem que especificar quem é filho de quem)? passou lá para tomar um cafézinho da tarde. Ela sempre tem vários casos sobre o povo de Vespasiano e de um tempo que não volta mais. Nesse dia ela contou que seu tio, Ciro, era Caixeiro Viajante. Achei interessantíssimo, nunca tinha escutado falar sobre essa profissão. Ela contou que ele viajava com suas caixas levando todo tipo de mercadoria para vender. Tinha faqueiros, chapéus… coisas que não se encontrava com facilidade por perto. Os Caixeiros Viajantes dormiam na pensão de Dona Miloca quando passavam por Vespasiano. Aquele casarão bonito perto da trincheira que hoje está abandonado, infelizmente. Hoje compramos tudo on-line. Os caixeiros viajantes e tantas outras profissões foram suprimidas pela tecnologia e as novas gerações nem vão saber que existiram. Eu fiquei sabendo por acaso.
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