Intoxicação por metais pesados: Crianças vítimas do desastre de Brumadinho são alvo de pesquisa
O projeto surgiu após visita de pesquisadores norte-americanos ao local do rompimento da barragem, no ano passado, por intermédio da Faseh
O estudo intitulado “Toxicidade de metais pesados e percepções de risco comunitário em populações pediátricas após o desastre da mineração de Brumadinho no Brasil” foi aprovado para receber subsídio do Departamento de Pediatria do Instituto de Saúde Global da Emory UniversityAlém de medir o grau de intoxicação na população infantil atingida pelo desastre, a pesquisa pretende determinar que consequências ela pode trazer para a saúde das crianças, de acordo com os danos já atestados da presença destes metais pesados no organismo humano.
A visita do grupo de professores das Universidades Emory, Stanford e Miami, ao local da tragédia, foi em março de 2019. Os pesquisadores puderam ver a barragem rompida, as buscas a desaparecidos e receberam, do Corpo de Bombeiros e do Subsecretário de Vigilância em Saúde do Estado Dario Brock Ramalho, as informações sobre os trabalhos, as condições do ambiente e de riscos à saúde. No fim do ano passado, os pesquisadores da Emory, Jessica Fairley e Uriel Kitron, voltaram a Minas e, juntamente com o Professor da Faseh José Antônio Ferreira, se reuniram com o subsecretário para definir o alvo da pesquisa.
Há mais de 10 anos Emory e Faseh realizam pesquisas de saúde em parceria, com trabalho de campo em unidades de saúde da RMBH e intercâmbio de estudantes de Medicina com incentivo à investigação científica. O projeto de estudo pediátrico em comunidades ribeirinhas do Paraopeba, em Brumadinho, contará com professores e 4 alunos da Faseh, além de 2 professores e 2 alunos da Emory University.
O professor José Antônio Ferreira, coordenador do Programa de Internacionalização da Faseh, é o responsável pelo estudo aqui.