Coluna do Ubaldo
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Olha, a couve tá do jeito certim, mas eu prefiro cortar, depois de fininha, em pedaços menores

Semana passada estiveram em meu bar/rest o amigo de infância Tulica (acho que o nome dele é Antonio) e sua sogra. Tulica é muito inteligente, simpático e espirituoso. Tem um casão, como vi nas fotos. Tudo feito por ele.//// A sogra de Tulica é Adelina, que vem a ser sobrinha do maior escritor do Brasil, Guimarães Rosa. Pediram 2 tropeiros e tomaram 1 cerveja e 2 pingas. Eu queria ficar lá na área do almoço pelo tempo que ficassem, mas tinha que atender quem chegava. Quando voltei com a segunda pinguinha, Adelina disse. -Olha, a couve tá do jeito certim, mas eu prefiro cortar, depois de fininha, em pedaços menores. Senão tem que ficar chupando a couve igual macarrão, e couve e macarrão eu gosto é fininho e pequeno.///// Será que esqueci de alguma coisa ? Ela disse que sua outra irmã “é que sabe tudo do Guimarães Rosa. Eu gosto de matemática.” Falaram das festas em torno da família e da obra do escritor, e de Cordisburgo, ocasiões em que Tulica trás um pequeno armazém em caixas de isopor.///// Ao irem embora, Adelina pediu mais um tropeiro, ia levar marmitex. Se despediu roseanamente, já na porta do bar, falando por último. -Eu só achei que tinha pouco vinagrete. -Ué, porque c num pediu mais ? -Achei que c ia exagerar.

Ubaldo Oliveira

Jornalista | Pai da Giluia e Baterista da banda A Liga Ordinária

 

 

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