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Cuidados que os profissionais da saúde devem ter ao usar as redes sociais

As redes sociais já fazem parte do cotidiano das pessoas e a cada dia mais influência muitos aspectos da sociedade, especialmente a saúde. Facebook, Instagram, Twitter e YouTube agora até o Tik Tok, não são mais novidades. A inovação está no modo como as redes são utilizadas. É fácil perceber que o impacto da mídia social já atinge clínicas médicas, principalmente, porque muitos profissionais aderiram a esses canais como forma de divulgar seu trabalho e de consolidar sua marca.

Mas, o uso das mídias sociais na área da saúde apresenta desafios. De acordo com a especialista direito médico, Ana Lúcia Amorim, é necessário que os médicos – em virtude do código de ética -, tomem cuidado ao lidar com pacientes de maneira online. “O que publicamos nas nossas redes gera impactos diferentes nas pessoas e só nós podemos controlar se isso é negativo ou positivo, o que não podemos esquecer é que estes profissionais promovem saúde, segurança e vida e é isso que os pacientes precisam enxergar” – destaca.

Um exemplo que a especialista cita é que ocorre que muitos médicos têm sido chamados perante a CODAME de seus Conselhos recebendo orientações para não fazerem o famoso TIK TOK (rede social chinesa de vídeos curtos de dublagem), sob a alegação de que essa rede social não condiz com o comportamento que se espera de um médico.

“Porém, a não recomendação do uso do TIK TOK não está expressa. Apenas o CRM de Rondônia emitiu um alerta chegando a afirmar que constitui falta de ética anúncios em redes sociais onde médicos, utilizando-se da condição de médico, aparecem em situações indecorosas, apresentando danças ou simulações”. 

Ela conta que entende que tais vídeos podem encurtar a relação médico-paciente sendo bastante úteis para facilitar o entendimento de informações importantes à sociedade, principalmente a depender do público-alvo, como crianças e adolescentes. “Se a informação passada tem conteúdo educativo e informativo, não vejo motivos para não usarem essa ferramenta de comunicação. As redes sociais têm sido utilizadas de modo danoso à sociedade com a proliferação de FAKE NEWS, por exemplo, por que não utilizá-las para informações médicas de interesse geral?”. 

Ana Lúcia destaca ainda que o CFM tem adotado postura bastante conservadora, principalmente no assunto PUBLICIDADE MÉDICA. “Assim, não recomendo o uso do TIK TOK ou qualquer outra rede social para assuntos médicos, pois há risco de ser entendido como publicidade sensacionalista, prática vedada pelo Código de ética Médica e Resolução CFM nº 1.974/2011”, afirma.

Ana   Lúcia  Amorim Boaventura é advogada especialista em Direito Médico e da Saúde, professora da faculdade de Medicina da PUC-GOIÁS.

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