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Síndrome do Pânico pode atingir anônimos e famosos

As redes sociais fervem com as histórias das celebridades e mostra que são pessoas que também passam por muitos desafios, assim como todo e qualquer mortal. Nos últimos dias, Wanessa Camargo está em evidência por conta de situações cotidianas/familiares e também por demonstrar fragilidades em sua saúde mental.

A cantora de 39 anos veio a público expor momentos de angústia após diagnóstico de síndrome do pânico. Mas o que vem a ser essa síndrome e de que forma ela se manifesta?

A síndrome do pânico é uma condição em que há crises súbitas de ansiedade, medo, desespero associados a sintomas físicos, como: dor no peito, falta de ar, tontura, formigamentos, tremores, suor excessivo. A sensação é de morte ou perda do controle.

A crise pode acontecer sem motivo aparente ou após um estresse emocional, e depois, gera ansiedade antecipatória (medo de acontecer novamente).

O medo de perder o controle da situação faz o indivíduo evitar lugares muito cheios ou fechados. E quando se forçam, acabam desencadeando novas crises que se tornam mais constantes, e atrapalham a realização de atividades simples do cotidiano, como: ir ao mercado, entrar no elevador, andar de ônibus etc.

Infelizmente, a crise aparece quando menos se espera e sua duração varia de pessoa para pessoa, podendo ter picos de 5 até 30 minutos, seguida por uma sensação de esgotamento e cansaço.

A busca por um acompanhamento psicoterápico é fundamental para entender quais os gatilhos para início dos sintomas e como controlar os efeitos perturbadores da síndrome.

Existe cura para a doença, embora seja difícil alcançar a cura completa do transtorno, pois a taxa de recaída da síndrome é bastante elevada e a maioria das pessoas volta a sofrer com os ataques.

Os medicamentos e a psicoterapia são os mais recomendados, já que atuam sobre os desequilíbrios bioquímicos que geram os efeitos físicos associados à doença, além de trabalharem os medos, as fobias, a ansiedade e provocar mudanças comportamentais para que o indivíduo aprenda técnicas que possam mudar a sua atitude diante dos ataques de pânico.

Wanessa Camargo relatou em diversas entrevistas, a angústia que é receber esse diagnóstico e conviver com os seus sintomas.

Além disso, apesar de ser uma figura pública, ela informou que se viu perdida e angustiada, perturbada pelo elevado grau de estresse, por pensamentos irracionais, pelo medo geral ou medo do desconhecido, chamado de agorafobia, que a impediam de se relacionar com as pessoas a sua volta. Ou seja, quem sofre com a síndrome de pânico, tendenciosamente, sempre procura estar isolado.

Enfim, anônimos ou famosos estamos todos sujeitos a esse transtorno, que pode afetar homens e mulheres em diversas faixas etárias.

O ideal é, ao perceber o menor sinal de desequilíbrio, buscar ajuda de um profissional de saúde mental que irá, através de ferramentas adequadas, identificar o problema e dar a tratativa correta para que esse indivíduo consiga viver de forma plena, saudável e equilibrado.

Dra. Andréa Ladislau  /  Psicanalista

Psicanalista (SPM); Doutora em Psicanálise, membro da Academia Fluminense de Letras –cadeira de número 15 de Ciências Sociais; administradora hospitalar e gestão em saúde (AIEC/Estácio); pós-graduada em Psicopedagogia e Inclusão Social (Facei); professora na graduação em Psicanálise; embaixadora e diplomata In The World Academy of Human Sciences US Ambassador In Niterói; membro do Conselho de Comissão de Ética e Acompanhamento Profissional do Instituto Miesperanza; professora associada no Instituto Universitário de Pesquisa em Psicanálise da Universidade Católica de Sanctae Mariae do Congo; professora associada do Departamento de Psicanálise du Saint Peter and Saint Paul Lutheran Institute au Canada, situado em souhaites; graduada em Letras – Português e Inglês pela PUC de Belo Horizonte.

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