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Mês da mulher: grandes mulheres na odontologia

Em comemoração ao Dia Internacional da Mulher, conheça algumas profissionais que fizeram história na odontologia!

Para comemorar o Dia Internacional da Mulher, que acontece no dia 8 de março, nada melhor do que celebrar o momento e falar um pouco sobre o crescimento feminino no mundo da odontologia.

Num passado não muito distante, a profissão era majoritariamente masculina. Mas com o passar do tempo, a história é bem diferente. O Conselho Federal de Odontologia, divulgou no ano de 2018 que dos 484.450 profissionais inscritos, 69,6% são mulheres (337.336) e 30,4% são homens (147.114).

Isso é um marco que deve ser exaltado, uma vez que as mulheres na odontologia lutaram para trabalhar ao lado de seus colegas homens e, por meio de sua própria paixão e perseverança, fizeram história. 

Você vai aprender sobre o impacto de seis mulheres que moldaram a história da profissão odontológica enquanto também usaram seu campo de trabalho para melhorar a vida das pessoas em suas comunidades. Confira!

1 – Emeline Roberts Jones: A primeira dentista praticante

Natural da Nova Inglaterra, Emeline Roberts Jones casou-se com o dentista Daniel Jones em 1854, aos 18 anos. Ele acreditava que as mulheres não eram adequadas para a odontologia por causa de seus “dedos frágeis e desajeitados”, mas Emeline persistia em estudar secretamente a odontologia. 

Depois de extrair várias centenas de dentes e realizar diversos outros procedimentos, seu marido permitiu que ela praticasse a profissão ao lado dele.

Quando seu cônjuge morreu em 1865, ela assumiu a prática e viajou por Connecticut e Rhode Island antes de se estabelecer em New Haven. 

Sua carreira durou 6 décadas e, em 1914, tornou-se membro honorário da National Dental Association.

2 – Lucy Hobbs Taylor: A primeira mulher a receber um diploma

Embora Emeline Roberts Jones tenha sido a primeira mulher a praticar odontologia em 1855, não foi até 1866 que a primeira mulher ganhou seu diploma. Essa honra foi para Lucy Hobbs Taylor (nascida em 1833). 

Por causa de seu sexo, a Dra. Taylor foi impedida de entrar na faculdade de medicina e, então, decidiu estudar odontologia em Ohio.

Ela abriu sua própria clínica em Cincinnati em 1861 e, finalmente, sete anos depois de se mudar para o início de seus estudos em odontologia, recebeu seu diploma em 1866 através da Ohio College of Dental Surgery. 

Em 1900, quase 1.000 mulheres haviam seguido o caminho de Lucy Taylor e entrado em odontologia.

Já no Brasil, quase 40 anos depois, Isabella Von Sydow foi a primeira mulher a se graduar em odontologia, compondo o time dos quatro profissionais formados pela escola de odontologia da Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro — os outros três eram homens, integrantes da primeira turma da escola.

3 – Evangeline Jordon: A fundadora da pedodontia

Em 1921, durante a reunião anual da American Dental Association, 12 dentistas do sexo feminino se reuniram em Milwaukee e formaram a American Association of Women Dentists (anteriormente a Federation of American Women Dentists). 

Evangeline Jordon foi a primeira presidente, mas mais do que isso, também foi uma das primeiras dentistas a focar sua prática em pedodontia ou odontologia infantil. 

Dra. Jordon dedicou sua carreira a aliviar o medo infantil do dentista e foi pioneira em cuidados preventivos com seus pacientes.

4 – Sara Gdulin Krout: dentista da Marinha

Em 1944, a imigrante Sara Gdulin Krout se tornou a primeira mulher dentista na Marinha dos EUA. Inicialmente Krout foi impedida de se alistar diretamente como dentista das forças armadas por conta das restrições da época.

Mantendo sua vontade de servir, ela ingressou no Serviço de Emergência para Mulheres Voluntárias (WAVES) da Marinha dos EUA e atuou como tenente. Ela estava em serviço ativo na Estação de Treinamento Naval dos Grandes Lagos de 1944 a 1946 e continuou na Reserva Naval até sua aposentadoria em 1961.

5 – Jeanne C. Sinkford: a primeira reitora de um curso odontológico

Nascida em 1933, Jeanne C. Sinkford começou seus estudos na Howard University em 1949, aos 16 anos. Inicialmente, estudando psicologia e química, voltou sua atenção para a faculdade de odontologia e passou a fazer doutorado em fisiologia na Northwestern University. 

O trabalho da Dra. Sinkford na liderança acadêmica a levou a se tornar a primeira reitora de uma escola de odontologia americana em 1975, quando assumiu a liderança do programa odontológico de Howard, cargo que ocupou até 1991. 

A partir daí, tornou-se diretora executiva associada da American Dental Education Association, onde estabeleceu seu Centro de Equidade e Diversidade em 1988. Sinkford recebeu o Distinguished Service Award da American Dental Association em 2015. 

6 – Kathleen T. O’Loughlin: A primeira diretora executiva da ADA

Em 2009, a Dra. Kathleen T. O’Loughlin se tornou a primeira diretora executiva da American Dental Association. No momento em que ela aceitou o cargo, a Dra. O’Loughlin citou o pai, que “como dentista praticante socialmente consciente era seu modelo e inspiração”. 

Em seu trabalho à frente da ADA, a Dra. O’Loughlin dedicou esforços para melhorar a saúde bucal do público, principalmente em comunidades carentes. Isso inclui a Fundação ADA, CARE, que oferece caridade, acesso, pesquisa e educação para os dentistas em necessidade. 

Eles ajudaram a prestar assistência aos dentistas afetados pelo furacão Sandy em 2012, ofereceram subsídios a grupos de estudantes de faculdades de odontologia e ofereceram bolsas de estudo, subsídios e prêmios para apoiar programas de educação em saúde bucal.

Dentistas do sexo feminino tendem a trabalhar de maneira diferente 

Durante séculos, uma ida ao dentista era vista como algo a temer. No entanto, à medida que mais mulheres entram em campo, essa percepção começou a mudar lentamente. 

Embora a maioria das dentistas do sexo feminino não pense que suas experiências profissionais sejam diferentes das de seus colegas do sexo masculino, estudos mostram que as dentistas trazem características e práticas diferentes para suas clínicas.

Dizem que as dentistas são mais empáticas e mais capazes de se comunicar com seus pacientes. Elas parecem estar menos apressadas e são mais dispostas a discutir as doenças e preocupações de seus pacientes de maneira cuidadosa e humana.

Essa diferença na experiência oferecida mostra que as mulheres possuem um olhar aguçado para a prática da odontologia. Isso fica evidente no fato de que existem até mesmos kits acadêmicos específicos para mulheres! Tudo para que elas possam desempenhar suas funções com o máximo de excelência.

Depois de um longo percurso, as mulheres estão enraizadas na prática odontológica e servem como inspiração para milhares de pessoas ao redor do mundo!

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